A síndrome metabólica (também conhecida como síndrome X ou síndrome da resistência insulínica) é uma condição de saúde grave. Afinal, reúne alguns dos principais fatores de risco para doenças como: diabetes, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardíacas no geral.
Sendo assim, pode-se dizer que os seguintes quadros estão inclusos nessa síndrome:
- pressão sanguínea elevada;
- altos níveis de açúcar no sangue (resistência insulínica);
- excesso de gordura abdominal;
- níveis alterados de colesterol e triglicérides no sangue.
Essa condição, apesar de nociva, é muito frequente. A síndrome x nada mais é que um resultado de maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de açúcares, e gorduras saturadas, associados ao sedentarismo e fatores genéticos. E, infelizmente, todos nós sabemos o quanto isso é comum nos dias atuais.
Diagnóstico
É importante lembrar, antes de tudo, que possuir apenas uma dessas alterações não significa, necessariamente, que você tem síndrome metabólica. Porém, é claro que a presença delas (seja uma ou mais) pode indicar uma predisposição para o desenvolvimento de uma doença crônica. E é por isso que é tão importante manter o check-up em dia!
No geral, o diagnóstico da síndrome x é feito na presença de três ou mais dos fatores abaixo:
- circunferência abdominal acima de 89 centímetros nas mulheres e 102 centímetros nos homens;
- nível de triglicérides acima de 150mg/dl;
- colesterol HDL abaixo de 40mg/dl nos homens e 50mg/dl nas mulheres;
- pressão arterial acima de 130/85 mmHg;
- glicemia em jejum maior que 100mg/dl.
Causas
As causas exatas para o desenvolvimento dessa condição não são conhecidas. Porém, observa-se uma associação com o sedentarismo e a obesidade.
Além disso, sabe-se que muitas características da síndrome metabólica estão relacionadas à resistência insulínica. Esta, por sua vez, é uma deficiência do organismo ao usar a insulina, hormônio produzido no pâncreas e responsável pela entrada de glicose nas células (promovendo energia).
Para entender melhor: nesses pacientes, as células não respondem bem à insulina, fazendo com que a glicose permaneça no sangue e, consequentemente, elevando a glicemia (taxa de glicose no organismo).
Outros fatores que aumentam a chance de desenvolvimento da síndrome metabólica são:
- idade: o risco da doença aumenta com o envelhecimento;
- genética: hispânicos, asiáticos e afrodescendentes possuem um risco maior de desenvolver a condição;
- obesidade: o excesso de gordura, especialmente no abdômen, aumenta o risco da síndrome;
- diabetes: há uma chance maior de desenvolvimento da síndrome metabólica em casos de diabetes gestacional, ou em pacientes com histórico familiar de diabetes tipo 2;
- outras doenças: o risco também aumenta em casos de síndrome do ovário policístico, de esteatose hepática e de apneia do sono;
- medicamentos: alguns medicamentos para tratamentos de inflamações ou alergias, por exemplo, podem provocar o aumento de peso, alterações na pressão sanguínea e nos níveis de colesterol e de açúcar no sangue, o que aumenta o risco da síndrome.
Consequências da síndrome metabólica
Quando não tratada, a síndrome x pode resultar em sérios problemas para a saúde. Algumas complicações são:
- diabetes tipo 2;
- arteriosclerose;
- infarto agudo;
- acidente vascular cerebral (AVC);
- esteato-hepatite não alcoólica (NASH), uma doença que, sem tratamento, pode provocar cirrose ou até mesmo a falência do fígado.
Tratamento
A síndrome metabólica não é uma doença, mas uma condição médica que reúne diversos fatores de risco para o desenvolvimento de outros problemas de saúde.
Portanto, não é de se espantar que algumas mudanças BÁSICAS no estilo de vida podem tanto prevenir, como tratar o problema e, claro, reduzir significativamente esses riscos. São elas:
- a prática de, pelo menos, 30 minutos diários de atividades físicas (nada de preguiça!);
- uma alimentação rica em vegetais, frutas, proteínas magras e grãos integrais;
- moderação no consumo de gorduras saturadas e de sódio;
- a manutenção do peso ideal;
- não fumar;
- administrar o estresse.
O acompanhamento médico também é necessário para se verificar a necessidade do uso de medicamentos para controlar a pressão arterial, colesterol e os níveis de glicose no sangue.
Sobre os medicamentos
Se o tratamento medicamentoso for recomendado, geralmente é feito por meio da metformina.
No entanto, existem circunstâncias em que outros medicamentos também podem ser usados para controlar a síndrome metabólica, como as estatinas (em pessoas com colesterol alto) e os anti-hipertensivos (usados para administrar a pressão).
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