A Tosse dos Canis (Traqueobronquite Infecciosa Canina) é uma doença respiratória contagiosa. É causada tanto por vírus quanto por bactérias, principalmente pela bactéria Bordetella bronchiseptica, e pode trazer complicações ao animal caso entre em contato com outros agentes, como o vírus da influenza.
Ataca com maior intensidade em período de climas frios e em locais onde convivem um bom número de cães.
Causas
O sistema imunológico dos animais diminui em épocas de baixa temperatura e o tempo seco faz com que as vias aéreas do cão fiquem ressecadas e menos protegidas.
Animais que se encontram em locais com alta densidade populacional são os mais acometidos, como aqueles que vivem em abrigos, canis e que frequentam hotelzinho. A transmissão da tosse dos canis acontece por via oral e nasal, principalmente por:
- contato entre um cão saudável e um doente;
- contato indireto, pelo ar;
- uso compartilhado de camas, vasilhas, casinhas e outros objetos;
Sintomas
Os sintomas se iniciam por volta de quatro dias após a exposição ao agente infectante. São alguns deles:
- tosse frequente, seca e rouca, ou moderadamente produtiva. Ocorre espontaneamente e é motivada por esforço fisico ou mesmo uso de coleira;
- movimento de vômito devido à crise de tosse;
- espirros;
- secreção nasal e ocular;
- fraqueza;
- falta de apetite;
- expectoração de muco;
- falta de ar;
- inflamações nas amígdalas;
- febre.
Complicações
As infecções mais graves de tosse dos canis podem provocar pneumonia intersticial e broncopneumonia. A evolução desses quadros pode levar ao óbito.
Diagnóstico
Na maioria dos casos, o diagnóstico procura identificar a gravidade da doença e a presença de infecções secundárias. Além de informações sobre o habitat do cão, vacinação, rotina e contato com outros animais, o veterinário realizará exame físico e anamnese metódica.
Podem também ser necessários exames para excluir outras suspeitas, como raio-x de tórax, hemograma e provas bioquímicas.
Tratamento
As infecções mais amenas são auto-limitantes, podendo desaparecer em até 3 semanas sem depender de tratamentos, sendo indicado repouso e medicação para amenizar os sintomas e dar conforto ao paciente.
Porém é indicado o tratamento para quadros que persistirem por mais de duas semanas, incluindo:
- isolamento do animal doente de outros cães;
- medicamentos receitados pelo veterinário de acordo com o desenvolvimento da doença (podendo ser antibióticos, corticosteróides, mucolíticos, broncodilatadores, antitussígenos);
- aumento na ingestão de água, para evitar que o animal se desidrate;
- umidificação do ambiente;
- situações mais graves podem obrigar a internação do cão.
Prevenção
- Evitar aglomeração de cães, especialmente em locais com pouca ventilação;
- manter a higiene do ambiente onde convivem vários cães;
- isolar os cães contaminados.
A vacina para tosse dos canis é considerada não-essencial. Seu uso é indicado para animais que estão expostos a um risco maior da doença, como em canis, abrigos ou aqueles que frequentam hotéis. Nesses casos, a vacinação pode ser anual ou mais frequente, ou quando o animal for passar por situação de risco.
Existe na forma injetável e intranasal, ficando o protocolo de administração a ser definido pelo clínico de acordo com o risco daquele paciente.
Fatores de risco
- Cães que vivem em grupo;
- cães de 6 dias a 6 semanas.
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