A bichectomia, cirurgia que reduz o tamanho das bochechas, está em alta. Famosas como Angelina Jolie, Jennifer Lopez, Jennifer Aniston, Madonna e Kim Kardashian já se submeteram ao procedimento, que ganha cada vez mais adeptos. A busca é por um rosto mais fino, desenhado, com harmonização facial.
A cirurgia estética das bochechas é definida como um grupo de técnicas que foram evoluindo dentro da cirurgia facial e que tem na bichectomia a prática mais utilizada.
O nome estranho tem sua origem na ‘Bola de Bichat’, tecido gorduroso presente na face que foi batizado em referência ao anatomista e fisiologista Marie François Xavier Bichat (1771-1802), cujos estudos permitiram a criação do procedimento, dois séculos depois.
Como é feita a bichectomia?
A operação é feita por dentro da boca, nesta região chamada de ‘bolsa de Bichat’. Devido a sua localização, apresenta íntima relação com elementos muito importantes da face como: ramos terminais do nervo facial, ducto parotídeo e vasos sanguíneos.
A intervenção dura em torno de uma hora. Ocorre por meio de uma incisão intra oral de 1 a 2 cm, ao nível do segundo molar superior e requer anestesia local, podendo ser ministrada com ou sem sedação.
Ao retirar parte dessa bola, ocorre o ‘afundamento’ das bochechas e consequente protuberância dos ossos da face, provocando o afinamento e mudança no formato do rosto.
Recuperação
A recuperação completa varia de pessoa para pessoa. Nos três primeiros dias após o procedimento, a recomendação é que a alimentação seja leve e na temperatura fria. A exposição ao sol também não é recomendada, para evitar possíveis sangramentos.
A maioria das pessoas volta ao trabalho e às atividades normais já no dia seguinte. Os resultados começam a aparecer aproximadamente em 15 a 20 dias e, a sua remodelação total, em 90 dias.
Quem pode e quem não pode se submeter à bichectomia?
As indicações clínicas em cirurgia estética para o procedimento da bichectomia são:
- rosto arredondado;
- assimetria da face em tecido mole;
- zigoma proeminente;
- aumento da autoestima;
- traumas na mucosa jugal.
As contraindicações são as mesmas de qualquer cirurgia eletiva:
- pacientes que fazem radioterapia;
- pacientes em tratamento de quimioterapia;
- pessoas com infecções locais;
- portadores de cardiopatias severas;
- imunossupressão;
- coagulopatia;
- nefropatia.
Embora os riscos sejam mínimos, vale lembrar de que se trata de um procedimento cirúrgico e, como os demais, expõe o corpo a infecções. Em raros casos, pode ocorrer do músculo de uma das faces ficar assimétrico. Outras complicações como hematoma, trismo, edema, dor, lesão na glândula parótida e do nervo facial também podem ocorrer.
A primeira regra é a mesma que vale para qualquer procedimento invasivo no corpo: procurar um profissional capacitado para realizá-lo.
Além da estética
A bichectomia também propõe aumentar o corredor bucal, diminuindo trauma em pacientes que costumam ‘morder’ a mucosa jugal, bochechas. A intervenção tem como propósito funcional a redução de traumatismos crônicos mastigatórios nessa mucosa, quando ela possui volume avantajado, resultando em lesões patológicas diversas, inclusive neoplasias.
Portanto, tal indicação cirúrgica não se estende única e exclusivamente às razões estéticas, sendo considerado um procedimento também funcional do aparelho mastigatório, constituído por dentes, gengiva, periodonto, ossos maxilares (maxila e mandíbula), articulações temporomandibulares (ATMs) e seus ligamentos, e todos os seus anexos e acessórios, tecidos moles de revestimento e sustentação.
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