Autismo: é possível sair do espectro?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é (e sempre foi) considerado uma condição “para toda a vida”. Em outras palavras, ele não possui cura, mas sim tratamentos que variam de acordo com as necessidades de cada paciente.

Isso acontece porque o autismo, apesar de ser sempre caracterizado por dois distúrbios principais (de comunicação e comportamento), é considerado um espectro. Isso significa, basicamente, que ele abrange uma série de sinais, sintomas e comorbidades diferentes que, por sua vez, apresentam níveis e intensidades distintas para cada paciente.

Sendo assim, a melhor forma de se tratar o TEA é reunir uma série de terapias e intervenções, focadas neste espectro, que visam trazer mais independência ao autista e, claro, desenvolver/estimular suas habilidades e integrá-lo socialmente.

A boa notícia, no entanto, vem agora: durante as últimas décadas, a hipótese de que uma pessoa poderia sair deste espectro vêm sido cada vez mais considerada pela comunidade científica. Para se ter ideia, há evidências de que, quando diagnosticados precocemente e tratados corretamente, 3 a 25% dos pequenos com TEA conseguem desenvolver praticamente 100% das habilidades comprometidas pelo transtorno.

Como assim “sair do espectro do autismo”?

Um dos estudos mais famosos que talvez tenha iniciado essa discussão sobre uma potencial “recuperação do autismo” foi conduzido em 1987 pelo psicólogo Ole Ivar Lovaas.

Nele, o pesquisador relatou que metade das crianças analisadas que foram tratadas por, pelo menos, 40 horas semanais com Terapia de Análise Comportamental Aplicada (ABA), tornaram-se "indistinguíveis" de outras crianças no momento em que terminaram a primeira série.

Vale ressaltar, no entanto, que tal afirmação de Lovaas era (e ainda é) bastante delicada. Afinal, existem outros tipos de terapias que melhoram o prognóstico de uma criança com TEA e, bem… reduzir todo o processo de “regressão” de um espectro somente à ABA é simplesmente perigoso. Além disso, foram encontradas algumas “falhas” na execução deste estudo que, por ora, não precisam ser discutidas.

A luz no fim do túnel?

Foi só após a publicação de um estudo, liderado pela psicóloga Deborah Fein em 2013, que a comunidade científica começou a considerar seriamente a possibilidade de “recuperação” do autismo.

A breve história desse estudo é a seguinte: ao longo de sua carreira, Fein observava que alguns de seus pacientes, ao longo do tratamento, apresentavam progressos surpreendentes. De acordo com ela, existiam casos em que a criança nem sequer atendia aos principais critérios diagnósticos para TEA.

Sendo assim, em 2009, ela começou a documentar meticulosamente estes casos, selecionando 34 jovens de 8 a 21 anos que haviam alcançado o que ela e seus colegas consideravam o “resultado ideal”, ou seja, a regressão do espectro.

Para serem incluídas neste grupo, as crianças deveriam ter tido um diagnóstico de autismo precocemente verificado e, após os tratamentos, não apresentavam nenhum sintoma de TEA remanescente.

Durante o estudo, esses pacientes foram testados em diversas áreas diferentes, como comunicação, socialização, leitura, linguagem etc. Além disso, foram comparados a 2 outros grupos, um com 44 participantes que têm autismo, e outro com 34 indivíduos com desenvolvimento típico.

Ao final de todo o processo, a pesquisadora se deparou com um resultado otimista: o grupo de crianças que havia “saído do espectro”, apesar de ligeiramente mais desajeitadas socialmente, não se distinguiam daquelas que nunca tiveram TEA. E o mais legal? No grupo que “se recuperou do transtorno”, não foram encontrados déficits de funções executivas (como no controle de impulsos e reações emocionais, no foco entre atividades e no planejamento/organização).

Então, como sair do espectro do autismo?

Por mais otimistas que os estudos de Fein possam ter sido para a comunidade autista, é importante ressaltar que ainda não se sabe o que exatamente havia mudado para que essas crianças tivessem superado o diagnóstico de TEA. Tudo indica, no entanto, que o acesso precoce ao tratamento pode ter algo a ver com essa mudança.

Além disso, outras pesquisas sugerem que as pessoas que “perdem” o diagnóstico de autismo com mais frequência são aquelas que:

Contudo, vale ressaltar que até mesmo os próprios membros da comunidade autista se opõem à noção de que esse distúrbio pode ser “deixado para trás”. Além disso, é importante saber que na maioria, senão em todos os casos, as pessoas não "perderam o autismo", mas sim aprenderam os mecanismos de enfrentamento que lhes permitem “simular uma persona não autista”. No entanto, segundo relatos desses pacientes, tais mecanismos são causadores de angústia e até ansiedade por terem que “ lutar” contra o que eles são.

O importante, aqui, é seguir com os tratamentos da melhor forma possível e entender que o TEA é um detalhe intrínseco da vida de uma criança que o tem, e que isso não é um problema, ou motivo para vergonha. Tudo, na verdade, é uma questão de adaptação!

 

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Como lidar com o autismo: dicas para os irmãos

Ok. Se você está lendo este artigo, é porque tem um(a) irmão(ã) (ou grande amigo) que, recentemente, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O autismo é, basicamente, uma síndrome que pode afetar a maneira como o cérebro de uma pessoa funciona. É por isso que as pessoas que têm essa condição, normalmente, passam por dificuldades para se comunicarem e se comportarem.

Porém, acredite: não há nada de errado com o seu ente querido. Digamos que ele, em função do TEA, apenas enxerga o mundo de outra forma e, por isso, adapta-se às dinâmicas deste de um jeito diferente das pessoas “típicas”. No fim do dia, ele(a) continuará sendo uma parte essencial da sua vida, como sempre foi. A diferença é que, agora, você sabe algo novo sobre ele(a)!

Para te ajudar, então, a entender um pouco mais sobre o autismo e, claro, lhe dar algumas dicas de como lidar com o(a) seu(sua) irmão(ã), continue lendo este artigo!

Primeiramente: o que você precisa saber sobre o autismo?

Acredite: a melhor maneira de saber como lidar com uma pessoa autista é sabendo tudo o que precisa sobre essa condição. Afinal, as suas características se tornarão mais familiares e menos “confusas”.

Para a sua sorte, separamos alguns de nossos principais conteúdos para que você se torne um(a) “mini expert” no assunto. Então, nosso conselho é: separe um tempinho, renove sua água, sente-se de forma confortável e leia os seguintes artigos (eles são simples, curtos e super completos, prometemos!):

Agora, a pergunta que não quer calar: é possível “pegar” autismo do(a) seu(sua) irmão(ã)?

Não mesmo! O autismo, na verdade, diz respeito a uma série de transtornos associados ao atraso na comunicação, linguagem e desenvolvimento de uma pessoa. Isso, basicamente, significa que ela nasceu com eles.

Além disso, esses transtornos podem variar em níveis, intensidades e áreas de comprometimento e, por isso, manifestam-se de forma diferente em cada pessoa. É por isso que, quando uma criança é diagnosticada com TEA, dizemos que ela está no “espectro”.

O importante a se saber, aqui, é que nenhum aspecto dessa doença é “transmissível”, muito pelo contrário. Cada pessoa com autismo tem características únicas!

Então, não precisa se preocupar com isso. A partir de agora, direcione sua atenção para as coisas que você pode fazer pelo(a) seu(sua) irmão(ã) e, claro, pela dinâmica familiar após esse diagnóstico!

Como um diagnóstico de TEA na família pode afetar a sua vida?

Antes mesmo do diagnóstico, você talvez tenha notado que seu(sua) irmão(ã) não é como as outras crianças da mesma idade.

Pode ser por meio de alguns comportamentos, dificuldades, manias ou qualquer outra característica associada ao TEA. Ao observá-lo(a), é possível perceber que ele precisará de ajuda para executar algumas tarefas comuns do dia a dia, como se alimentar, vestir-se e até mesmo manter um diálogo.

Para que ele(a) consiga, então, completar todas essas e outras atividades, será necessário um maior comprometimento por parte dos seus pais e, claro, de uma equipe médica especialmente montada para atender às necessidades do(a) seu(sua) irmão(ã).

Isso, de fato, significa mais atenção direcionada a ele(a). Porém, esse tipo de experiência costuma ser mais leve para aqueles que participam ativamente dos cuidados com o ente querido. Afinal, além de aprender mais sobre ele e acompanhar seu desenvolvimento, o tempo em família é maior.

Contudo, é claro que você, assim como seus pais e avós, sentirá tristeza, angústia, raiva e outros sentimentos conflituosos sobre o TEA. Por isso, não deixe de procurar por ajuda, ou uma pessoa de confiança, para se abrir e ser honesto com relação a tudo o que está acontecendo. E, principalmente, não se sinta culpado(a) quando o desespero bater. Isso é completamente normal e faz parte do processo.

Como você pode ajudar?

Sinceramente? Basta cumprir seus papéis “pré-estabelecidos” de irmão(ã). Afinal: se você tivesse um(a) irmão(ã) típico (ou seja, que não apresenta nenhum tipo de distúrbio), agiria de forma diferente com relação à parceria que deve existir entre ambos? Não, né?

O mesmo vale por aqui. Seu relacionamento com seu irmão ou irmã é muito importante. Então, lembre-se de passar um tempo de qualidade com ele(a), conhecendo-o(a) cada vez mais, trocando experiências e brincando bastante. Crie um laço de companheirismo forte e, acredite, nem o autismo, e nem nada nessa vida, conseguirá rompê-lo.

Além disso, peça pela orientação dos seus pais sobre quais atividades vocês podem fazer juntos e, se possível, participe das terapias e aprenda novas formas de tornar seu(sua) irmão(ã) mais independente!

E a dica de ouro: tenha paciência!

É muito comum que, algumas vezes durante o dia, você experiencie comportamentos e ações de seu(sua) irmão(ã) que podem ser irritantes ou até mesmo preocupantes. É por isso que tentar conhecê-lo(a) cada vez mais é essencial para entender que tipo de coisas despertam esse lado mais agressivo e intolerante.

Os gatilhos podem ser muitos, desde a opção para o almoço do dia até a movimentação exacerbada dentro de um espaço público pequeno. O segredo é ter paciência e pensar que, na cabeça e corpo de uma pessoa com TEA, algumas informações e sensações tendem a ser extremamente conflitantes, confusas e assustadoras. Isso, inclusive, já o(a) irrita bastante, o que acaba desencadeando pequenas crises de estresse.

Sendo assim, respire fundo, procure por meios de acalmar seu(sua) irmão(ã) e, claro, converse com seus pais para saber como fazer isso da melhor forma possível.

Por fim: não abra mão dos seus sentimentos!

Caso você se sinta muito angustiado(a), chateado(a) ou irritado(a) com toda a situação, não se esqueça de que a honestidade, assim como o diálogo, são as principais armas que uma família deve ter para lutar contra os tempos ruins.

Então, nada de ter medo em se abrir com seus pais, combinado? E, mais importante que isso: também saiba o momento de oferecer o seu colo a eles!

No mais, cuidem-se, e até a próxima!

 

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Sinais de autismo: como identificar o TEA em crianças de 4 a 7 anos?

São sinais de autismo em crianças dos 4 aos 7 anos:

1. Sociais

2. Linguagem e comunicação

3. Comportamento

Atenção: é importante entender que uma criança com TEA não terá os mesmos sintomas e comportamentos que outras criança com a mesma condição. Afinal, o nível e as características do autismo podem variar bastante de caso para caso.

Quais são os próximos passos?

Caso seu(sua) filho(a) tenha apresentado alguns dos sinais de autismo descritos ao longo deste artigo, marque uma consulta com o pediatra imediatamente. Dependendo do caso, é comum que a criança seja encaminhada a um especialista capacitado para que vocês, juntos, planejem o melhor tratamento para ela.

No mais, para saber mais detalhes sobre o TEA, leia os artigos abaixo:

Até a próxima!

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Sinais de autismo: como identificar o TEA em crianças de 2 a 4 anos?

Detectar os primeiros sinais de autismo em crianças pode ser uma tarefa difícil, ainda mais quando você não é um especialista no assunto. Porém, aprender a reconhecer alguns padrões de sinais e sintomas dessa, principalmente nos pequenos, é fundamental para o tratamento. Afinal, quanto mais cedo o TEA for identificado, maiores são os ganhos quanto ao desenvolvimento das habilidades que a criança precisa ter em cada faixa etária, proporcionando melhoria na qualidade de vida.

Pensando nisso, listamos algumas características comuns do autismo percebidas em crianças dos 2 aos 4 anos. Para saber quais são elas e entender os próximos passos, continue conosco.

São sinais de autismo em crianças dos 2 aos 4 anos:

1. Sociais

2. Linguagem e comunicação

3. Comportamento

Atenção: vale ressaltar que um bebê com TEA não terá exatamente os mesmos sintomas que outra criança com a mesma condição. Afinal, a quantidade e gravidade dos sinais e sintomas podem variar muito!

“Meu(minha) filho(a) apresentou um ou mais destes sinais de autismo. O que devo fazer?”

O primeiro passo para lidar com essa situação é se acalmar, respirar fundo e marcar uma consulta com o pediatra. Durante ela, expresse todas as suas preocupações e suspeitas e, claro, dê o maior número de informações possíveis sobre a criança.

Normalmente, ela passará por alguns exames e, dependendo do diagnóstico, será encaminhada a um especialista capacitado para planejar e executar um tratamento eficaz e apropriado para o(a) seu(sua) filho(a)!

No mais, para saber mais detalhes sobre o TEA, leia os artigos abaixo:

Até a próxima!

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Sinais de autismo: como identificar o TEA em bebês de até 2 anos?

Muitas crianças com TEA apresentam os sinais dessa condição ainda bebês - especialmente no que diz respeito aos atrasos em suas habilidades sociais e de linguagem. O desafio é que eles podem não parecer tão óbvios quando comparados a diferenças como sentar, engatinhar e andar na hora certa, por exemplo.

Pensando nisso, trouxemos alguns sinais de autismo que podem ser percebidos precocemente, dos 0 aos 2 anos. Para saber quais são eles e, claro, entender o que fazer a respeito, continue conosco.

São sinais de autismo em bebês:

1. Sociais

2. Linguagem e comunicação

3. Comportamento

Vale ressaltar que os sintomas variam de criança para criança. Isso acontece porque cada pessoa é única, mesmo tendo a mesma condição (TEA), cada um tem um grau de intensidade, de dificuldade e em diferentes áreas do desenvolvimento.

“Se meu(minha) filho(a) apresentar sinais de autismo, o que devo fazer?”

Se o(a) pequeno(a) apresentar alguns dos sinais/sintomas descritos acima, o melhor a se fazer é marcar uma consulta com o pediatra imediatamente. Durante a avaliação, vocês poderão discutir as questões de desenvolvimento do bebê e buscarem intervenções mais específicas como a do neuropediatra e das terapias que irão desenvolver suas habilidades.

No mais, para saber mais detalhes sobre o TEA, leia os artigos abaixo:

Até a próxima!

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Desenvolvimento infantil: como acompanhar cada fase do meu filho

Conseguir entender e acompanhar as fases do desenvolvimento infantil é um dos maiores desafios dos pais. E saiba, comparar o seu filho com outras crianças não é um método confiável para isso!
Apesar de sabermos que cada criança é única e, por isso, tem o seu tempo de aprendizado e evolução, existem alguns marcos do desenvolvimento que são comuns a todos os pequenos durante fases específicas de suas vidas.
Pensando nisso, separamos o artigo de hoje para conversarmos sobre como ocorre o desenvolvimento infantil e quais são as suas referências. Vamos lá?

Como funciona o desenvolvimento infantil?

O desenvolvimento infantil, de acordo com o psicólogo Jean Piaget, pode ser dividido em 4 estágios:

Então… vamos por partes?

1. Estágio 1 (sensório-motor)

Entre os 0 e 2 anos, a criança começa a tomar consciência do seu corpo e, portanto, a entender algumas sensações e reproduzi alguns movimentos.

Então, nesse período, o bebê:

2. Estágios 2 (pré-operatório)

Vai dos 2 aos 7 anos de idade e é marcado por uma série de novidades como:

3. Estágio 3 (operatório concreto)

Acontece dos 7 aos 12 anos e é caracterizada pelos seguintes marcos:

3. Estágio 4 (operatório formal)

A partir dos 12 anos, o jovem já é capaz de entender conceitos e regras de convivência social e trabalhar conceitos matemáticos e de raciocínio lógico.
No quesito sociabilidade, espera-se que ele já tenha um círculo razoável de amigos e que, dentro dele, trabalhe a empatia, a generosidade e a coletividade.

E se o meu filho demorar/não conseguir cumprir todos os “pré-requisitos” de cada estágio do seu desenvolvimento?

Primeiramente: sem desesperos. Como já explicamos, cada um destes estágios serve, apenas, como referência. Um atraso ou outro, acredite, pode não ser nada.
Porém, por via das dúvidas, é sempre importante manter um diálogo com o pediatra e comunicá-lo dessas possíveis “demoras”, combinado?
Cuide-se, observe o pequeno bem de perto e até a próxima!

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Escala Denver: ferramenta para avaliação do desenvolvimento infantil

 

Afinal: o que é o Teste de Denver?

É, basicamente, um método de observação do desenvolvimento infantil. Para isso, ele usa uma escala muito ampla e completa para analisar o desempenho do pequeno em uma série de atividades separadas em 4 áreas diferentes:

E como ele funciona?

Aí é que vem a parte mais bacana e divertida de todo o processo. A Escala Denver é composta por nada mais, nada menos que 125 tarefas que, dispostas e organizadas dentro de uma espécie de “gráfico”, são divididas entre as 4 áreas citadas acima.

Escala Denver: ferramenta para avaliação do desenvolvimento infantil

Cada tarefa, por sua vez, é representada por uma pequena barra que mede a porcentagem de cumprimento desta, que varia de 25 a 90% (veja abaixo). A parte branca indica que 25 a 75% das crianças, nessa idade, ainda não são capazes de executar a tarefa. Já a parte sombreada, por sua vez, indica que 75 a 90% das crianças já deveriam executar a tarefa.

pequena barra que mede a porcentagem de cumprimento das tarefas na escala Denver

Para testá-las, são necessários os seguintes materiais (todos vêm no kit do teste):

Por fim, para ajudar a determinar quais atividades a criança já deveria estar executando em certo período de sua vida, existe uma escala de idades localizada nas margens superior e inferior do teste. Basta encontrar a idade do seu filho, riscar uma linha vertical acima dela (e cobrindo todo o “gráfico”) e começar os trabalhos (sempre da esquerda para a direita, até o final da linha traçada).

Na prática

Com o teste em mãos, encontre a idade do pequeno nas escalas superior e inferior do teste e, com uma régua, trace uma reta para determinar até onde vão as atividades as quais ele será testado.

Depois, para cada área (sinalizadas no canto esquerdo do teste), tente realizar com o pequeno, pelo menos, as 3 primeiras tarefas mais próximas da linha da idade (e à esquerda desta). Se ele não conseguir cumprir qualquer uma destas, adicione mais 3 (sempre no sentido direita - esquerda) até que ele consiga executar 3 tarefas consecutivas.

Lembrete: a criança deve ter, no máximo, 3 tentativas para realizar cada tarefa.

Continue a executar cada uma das tarefas até que a criança tenha 3 falhas consecutivas. Depois, peça ajuda de um profissional para conferir se os resultados obtidos são típicos para a idade do pequeno.

Pontuação

Cada tarefa pode receber a seguinte avaliação:

Interpretação

Normal: é quando não são identificadas falhas com relação às atividades e, no máximo, um C (de CUIDADO). Neste caso, a conduta correta é realizar o teste novamente com a criança em outra oportunidade.

Risco: é quando são registrados 2 ou mais Cs (CUIDADO) e/ou um ou mais Fs (FALHAS). Aqui, o recomendado é realizar o teste novamente dentro de 1 ou 2 semanas.

Não testável: quando há mais de um R (RECUSA-SE). Recomenda-se realizar o teste novamente dentro de 1 ou 2 semanas.

Exemplo

Que tal usarmos um exemplo fictício para tornar tudo mais fácil? Hoje, vamos fazer o Teste de Denver com o... Davi! Ele tem 2 anos e é super ativo. Então, o primeiro passo é traçar uma reta vertical que vai delimitar a sua idade.

Escala Denver: ferramenta para avaliação do desenvolvimento infantil com linha indicando que a criança tem 2 anos

Para cada área, o objetivo é tentar realizar, pelo menos, as 3 tarefas que estão mais próximas da linha da idade. Em nosso caso, funcionaria assim:

Se o Davi não conseguir cumprir qualquer uma dessas tarefas, tente fazer com ele realize mais três (sempre para a esquerda) até que sejam cumpridas 3 consecutivas.

No final, é só analisar os resultados obtidos e compará-los com os parâmetros de interpretação!

E, por fim: por que esse teste é importante?

Por meio da realização de cada uma dessas tarefas (de acordo com a idade, claro), é possível detectar possíveis atrasos cognitivos e mentais em crianças de 0 a 6 anos. Isso é muito importante porque, como já explicamos em outros de nossos textos, o diagnóstico precoce de qualquer distúrbio é essencial para o sucesso de seu tratamento.

Sendo assim, não deixe de ficar por dentro dos marcos de desenvolvimento do seu pequeno, e faça questão de acompanhá-lo bem de pertinho com a ajuda de um profissional qualificado. Assim, pode ter certeza de que ele estará resguardado e em excelentes mãos!

Um abraço e até a próxima!

 

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Como estimular o bebê: 16 atividades para fazer com o seu filho

Agora que já se passaram 9 meses e o pequeno está em seus braços, o coração bate ainda mais forte à espera dos primeiros sinais de desenvolvimento. E você, que o acompanhou mês a mês de camarote, treme só de pensar que, a partir de agora, ele fique “para trás” em alguma coisa. Tudo o que passa pela sua cabeça é: como estimular o bebê?
Bem, preocupar-se excessivamente não vai ajudar o seu filho em nada, muito pelo contrário. Uma proposta muito mais interessante, por exemplo, é tirar o pé do acelerador, acompanhá-lo bem de pertinho e aplaudir a cada conquista que ele tiver em direção ao amadurecimento.
A grande verdade, aqui, é que sim, seu filhote vai sorrir, falar, engatinhar, correr, aprender a usar o penico e até mesmo andar de bicicleta. Porém, no tempo dele. É claro que existem alguns marcos do crescimento e desenvolvimento que acontecem de forma comum a todas as crianças, mas eles devem servir apenas como referência.
O segredo é: não adianta passar os carros na frente dos bois. Ao invés disso, que tal brincar muito com o seu pequeno e aproveitá-lo ao máximo? Acredite, não existem atividades mais estimulantes para os bebês do que o próprio contato e envolvimento dos pais.
Pensando nisso, preparamos uma série de atividades que você pode fazer com o bebê para incentivar, de forma divertida e natural, o desenvolvimento emocional, motor, intelectual e social dele. Vamos lá?

Atividades para bebês de até 6 meses

1. Rotina? Sim, muito obrigado!

Os pequenos, desde muito cedo, têm uma série de necessidades que precisam ser supridas para que eles cresçam e se desenvolvam bem. Sim, estamos falando de sono, alimentação e muita interação com os pais!
Sendo assim, crie um pequeno ritual para cada momento do dia que é importante para ele, ao invés de simplesmente fazê-lo.
Exemplos: na hora das mamadas, leve-o para um lugar mais calmo, aconchegue-se, cante uma música e aproveite. Durante o dia, separe algumas horas para que vocês brinquem juntos e use e abuse das formas, cores e sons disponíveis. Antes de dormir, dê um banho quentinho e relaxante no bebê, coloque uma música de ninar ao fundo, diminua um pouco as luzes da casa e desacelere!
Todos esses “preparativos” são muito importantes porque servem para que o seu filho, gradualmente, entenda o que está acontecendo à sua volta, que momento do dia ele está e o que é esperado dele a partir de então. Com o tempo, pode apostar que ele irá se adaptar tranquilamente à rotina da família!

2. Comunicação e imitação

Uma das atividades mais legais para estimular o bebê a se comunicar é imitar os sons que ele reproduz, simulando uma “conversa”.
Para isso, basta olhar nos olhos dele e, a cada balbucio que ele soltar, tente imitá-lo de volta e dê espaço para que ele responda novamente a esse estímulo. Depois de alguns minutos, você vai ver o quanto esse bate-papo terá rendido!

3. Cores, cores e mais cores!

A partir dos três meses, a visão do bebê está mais nítida e ele já começa a perceber mais as cores. Sendo assim, procure estimular a atenção e foco dele com brinquedos e figuras bastante chamativas.
Para isso, basta colocá-las na frente dele, simular historinhas com as formas e deixar que ele encoste nelas. Essa é uma boa oportunidade, também, para socializar o pequeno com objetos comuns do dia-a-dia como as naninhas, chupetas, roupinhas etc.

4. Comunicando e explicando

Uma excelente forma de estimular o seu bebê é conversar bastante com ele, mesmo que, a princípio, ele não entenda o que você está falando.
Tente contar a ele o que vocês estão fazendo no momento, apontar as pessoas da casa e apresentá-las a ele, narrar as atividades enquanto elas estão sendo realizadas e por aí vai. São alguns exemplos:

5. “Achooou”

Durante os primeiros meses de vida, os bebês tendem a achar que o mundo só existe até onde eles conseguem enxergar. É por isso que, dependendo da circunstância, eles choram quando os pais se afastam.
Uma excelente forma, então, de mostrar que, mesmo se afastando por algumas horas, você voltará, é brincar de “se esconder” com ele. Como ele é muito novinho, colocar as mãos na frente do seu rosto, perguntar “cadê a mamãe?”, tirá-las e falar “achoooou” já é o suficiente.
Com o tempo, é possível avançar essa atividade para esconderijos alternativos como cobertores, portas, sofás etc e, mais importante que isso, mostrar que a separação faz parte da vida.

6. De barriga para baixo

Você sabia que o desenvolvimento motor dos bebês se dá no sentido da cabeça aos pés? Ou seja: primeiro, ele firma a parte de cima para, depois, encontrar o equilíbrio do restante do corpo. É por isso, inclusive, que os recém-nascidos mal conseguem manter a cabeça parada sem tombá-la.
Uma ótima forma de fazer com que o pequeno fortaleça a musculatura do pescoço, então, é colocando-o de barriga para baixo por alguns minutos todos os dias. Com o tempo, ele terá força o suficiente para rolar, sentar-se sozinho, engatinhar e andar!
Para isso, prepare o terreno colocando-o em uma superfície reta, porém macia, e tente estimulá-lo a olhar para você enquanto ele se mantêm nessa posição.

Atividades para bebês dos 6 aos 12 meses

1. Livrinhos e muita imaginação!

A partir dos 6 meses, o bebê já consegue segurar os objetos com mais assertividade e levá-los à boca, para “conhecê-los melhor”, digamos assim. Comece, então, a instigar a curiosidade do seu pequeno com livros de pano super coloridos, impossíveis de serem rasgados, e trabalhe a imaginação dele explorando os desenhos e as cores.
Deixe que ele vire as páginas, leia a historinha enquanto ele faz isso, aponte para os personagens, dê nome a eles, fale sobre as cores, formas e objetos e por aí vai.

2. Nada de colo!

Chegou a hora do pequeno explorar esse mundão e trabalhar ainda mais as suas capacidades motoras. Para isso, prepare o ambiente, coloque protetores nas quinas dos móveis e nas tomadas, elimine obstáculos como degraus e desnivelamentos, e deixe que o seu filho circule pelo espaço por conta própria.
Encoraje-o a querer explorar o território deixando os brinquedos mais espalhados pelo chão ou ao alcance dele, siga-o e faça com que ele siga você, rolem no chão juntos e por aí vai. O importante é começar a trabalhar a independência do bebê e nada melhor para isso do que deixar que ele descubra novos espaços e brincadeiras por conta própria.

3. Que som é esse?

Ah, os sons da cidade. Quem nunca foi agraciado, em plena luz do dia (ou da noite até), com sinfonias de buzinas, sirenes, foguetes, latidos, gritos, carros de sons etc?
Acontece que, diferente de nós, os bebês não entendem (ainda) o que os ruídos representam e, portanto, podem acabar se assustando ou se incomodando mais com eles.
Para evitar que esse tipo de surpresa desagradável aconteça, apresente a eles uma série de barulhos comuns ao nosso cotidiano! Isso pode ser feito por meio de brincadeiras (simulando a buzina de um carro, o som que um bichinho faz etc), contação de histórias e interações lúdicas com a “fonte” do barulho em si.

4. Descobrindo melodias e texturas

Apresente o mundo ao seu bebê por meio da música, das texturas e dos sabores. Dê alguns instrumentos para ele brincar como chocalhos, tecladinhos, guitarrinhas etc, ou toque alguma canção para ele no violão.
Deixe que ele tenha contato, também, com diferentes texturas como toalhas, cobertores, areia, massinha, pedrinhas, lixas, geleias, tintas etc (só tome cuidado para que ele não engasgue ou leve algo sujo à boca). Para tornar essas experimentações mais interessantes, envolva historinhas e dinâmicas no meio delas.

5. Espelho, espelho meu

Até os 2 anos de idade, os bebês não se identificam como “seres individuais”, mas sim como uma extensão de suas mães. Para ajudá-los a “quebrar essa parede”, então, e a se familiarizarem consigo mesmos, coloque-os de frente para o espelho de vez em quando e interaja com a imagem formada!
Exemplo: faça com que ele olhe para o seu reflexo, aponte para ele e fale: “Olha, essa é a mamãe!”. Depois, aponte para o pequeno e fale “Esse é você!”. Coloque-se, por fim, ao lado dele, e faça com que ele olhe para você e repita o processo.

6. Esconde-esconde 2.0

Chegou o momento de tornar o esconde-esconde ainda mais divertido. Para isso, esconda o brinquedo favorito do seu filho debaixo de um cobertor, por exemplo, e pergunte a ele onde o objeto foi parar. Incentive-o a procurá-lo fazendo questionamentos do tipo “será que ele está debaixo da cama?”.
Depois, faça isso consigo mesmo e com ele. Esconda debaixo da coberta e pergunte onde a mamãe está. Ou então, cubra o bebê com a mantinha e comece a indagar, em voz alta, onde ele foi parar! Eles ADORAM esse tipo de brincadeira, pode confiar.

Atividades para bebês dos 12 aos 24 meses

1. Aprendendo a dividir

Nenhum de nós nasce sabendo o que é, de fato, dividir e compartilhar. Sendo assim, não espere que seu filho o faça do nada, num piscar dos olhos!
Para exercitar a arte da partilha e estimular o bebê nesse processo, comece aos poucos. Durante as brincadeiras de montar, por exemplo, tente revezar com o pequeno na colocação dos blocos para que vocês, juntos, construam uma torre (que, minutos depois, será derrubada). Isso vale, inclusive, para qualquer outra atividade “a dois”.
Depois, procure encorajar a coletividade oferecendo comidinhas em um só recipiente para que mais crianças possam pegá-las (como uma vasilha de pipoca, por exemplo, ou um prato com pedaços de mexerica). Atenção: cão deixe que ninguém monopolize a refeição.
Por fim, nunca se esqueça de deixar bem claro que há oportunidades para todos durante as atividades. Se o seu filho quiser algum brinquedo que está com outra pessoa, por exemplo, reforce que agora é a vez dela e tente direcionar a atenção dele para outras opções disponíveis.

2. Jogo de apontar + o que é isso?

Depois de conversar muito com o seu pequeno, ler historinhas para ele e descrever suas atividades do dia-a-dia, chegou o momento de fazê-lo identificá-las por conta própria.
Durante uma contação de histórias, por exemplo, aponte para os personagens e pergunte qual é o nome deles, qual som eles fazem, qual é a cor da roupinha deles e por aí vai.
Em ambientes mais abertos, brinque do jogo de apontar. Indique algo com o dedo que você sabe que o pequeno entende o que é e pergunte “o que é isso?”. Aliás, isso vale para tudo: pessoas, objetos, formas, lugares, animais etc.

3. Mais exploração

De forma gradual, vá introduzindo ao pequeno novos lugares que não a sua casa. Leve-o para o parque, para o jardim dos avós, para o playground do prédio etc, e deixe que ele explore o local por conta própria.
Certifique-se de que esteja seguro durante 100% do tempo (evitando que ele coloque objetos tóxicos na boca, engasgue com algo, caia de um lugar mais elevado, machuque-se com espinhos, insetos etc) mas, ao mesmo tempo, deixe que ele explore o máximo de cores, formas e texturas possíveis. E ah! Sujar-se faz parte do processo!!!!!

4. Lidando com o medo

A partir dos 7 meses, o pequeno já começa a sentir emoções como o medo e a ansiedade, por exemplo, de forma concreta. Ele sofre quando os pais não estão por perto, sentem-se desconfortáveis na presença de estranhos e se sentem acuados em lugares desconhecidos.
Então, a melhor forma de lidar com isso é apresentá-lo a todas essas novas experiências por meio de brincadeiras e dinâmicas que, além de distraí-lo, farão com que ele entenda que aquela sensação ruim passa.
Sendo assim, quando você for trabalhar, por exemplo, anuncie desde cedo que ele ficará com outra pessoa e, se possível, deixe que ele se familiarize com ela alguns dias antes. Além disso, faça do retorno ainda mais agradável, brincando bastante com ele e deixando claro que o dia seguinte terá a mesma dinâmica.
O segredo, aqui, é socializar a criança com outras pessoas ANTES de deixá-la sozinha com elas, e explorar novos lugares juntos para que ele se torne familiar a ela.

Enfim…

Viu como estimular o bebê pode ser divertido? Existem várias opções que vão dar a ele capacidades motoras, intelectuais e sociais que vão prepará-lo para esse mundão afora!
No mais, se você quiser aprender mais atividades para estas e outras faixas etárias, deixe seu pedido aqui nos comentários que ficaremos muito felizes em concedê-los!
Cuidem-se, aproveitem seus pequenos e até a próxima!

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5 testes simples para avaliar o desenvolvimento do seu filho

Primeiramente: o que significa “ter um atraso no desenvolvimento”?

Os atrasos no desenvolvimento infantil são identificados quando a criança não realiza alguma atividade (como rolar, sentar-se sem apoio ou engatinhar, por exemplo) que outras crianças da mesma idade já estão fazendo.

Normalmente, os pais começa a suspeitar de uma possível demora ou retrocesso na evolução dos seus filhos quando estes:

Se esses comportamentos lhe parecerem familiares, converse com o pediatra do pequeno. Lembre-se: atrasos no desenvolvimento podem ser um sinal de algum problema de saúde grave.

Os testes

1. Firmar a cabeça

Manter a cabeça firme é um dos principais (e primeiros) sinais de desenvolvimento infantil. Se o seu filho, em qualquer idade, já era capaz de realizar essa tarefa e, de algum tempo para cá, não consegue mais, procure imediatamente pelo pediatra.

Se o bebê não conseguir manter a cabeça erguida até os 3 meses de idade e olhar em volta quando está deitado de bruços, converse com o pediatra sobre isso na próxima consulta. Porém, sem neuras. Como já explicamos, as crianças podem se desenvolver de forma diferente, apesar dos padrões. Portanto, pode não haver nada com o que se preocupar, mas é importante trazer isso à tona durante a visita ao médico para eliminar quaisquer preocupações.

2. Rolar

O próximo passo do desenvolvimento infantil motor é a habilidade do pequeno de rolar para os lados (da barriga para as costas e vice-versa). Esse feito, normalmente, ocorre por volta dos 5/6 meses de idade.

Se o bebê já fazia isso e, de repente, não o faz mais, procure imediatamente por ajuda médica. Agora, se ele nunca realizou essa tarefa até o final dos 6 meses, converse com o pediatra sobre isso na próxima consulta marcada e certifique-se de tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.

3. Agarrar coisas e levá-las à boca

Direcionar as mãos para algo específico, agarrá-lo e levá-lo à boca é um comportamento muito comum que, geralmente, começa a partir dos 3 meses de idade. É um marco bastante importante e divertido também. Afinal, é quando o pequeno começa a explorar o mundo por conta própria!

Se ele já conseguia realizar esse movimento e, por algum motivo, parou de fazê-lo, procure imediatamente pelo pediatra. Porém, se ele ainda não consegue cumpri-lo, traga esse assunto à tona em uma próxima consulta.

4. Sentar-se

Normalmente, o bebê já consegue ficar sentado a partir dos 6 meses com o auxílio de algum apoio como travesseiros, almofadas, o colo os pais etc. Isso significa que ele está ganhando mais controle de sua musculatura pélvica e, portanto, é um marco bastante importante do desenvolvimento infantil!

Se, a partir dessa idade, ele ainda não conseguir cumprir esse teste, entre em contato com o pediatra ou, se a próxima consulta estiver próxima, traga o assunto à tona durante ela.

5. Andar

Por fim, chegamos ao último marco básico de desenvolvimento infantil. O caminho até ele costuma ocorrer na seguinte ordem:

É claro que, no geral, existem algumas variações e peculiaridades. Existem crianças que engatinham muito cedo, mas demoram a ficarem de pé, ou ainda aquelas que começam andar precocemente. É por isso que o diálogo com o pediatra, em caso de quaisquer dúvidas e suspeitas, é tão importante.

Enfim…

Se você chegou até esse texto, pode apostar que está fazendo a coisa certa. Afinal, educar-se sobre o desenvolvimento infantil e aprender a acompanhá-lo em seu filho é fundamental para que ele cresça bem e de forma saudável!

No mais, nunca deixe de tirar as suas dúvidas e angústias com o pediatra e, claro, acompanhar as conquistas e evoluções do seu bebê bem de perto! Assim, pode apostar que tudo ficará bem.

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O veganismo na infância e adolescência é possível? Descubra!

O veganismo é uma filosofia de vida que está cada vez mais popular entre as famílias brasileiras. Já já vou explicar tudo direitinho sobre ele mas, basicamente, o que você precisa saber é que, no universo da nutrição, a dieta vegana é aquela que exclui todos os alimentos que são de origem ANIMAL.
Porém, quando pensamos que a dieta de nossos filhos ficaria extremamente restrita, sem carne, peixe, ovos, laticínios etc, a pergunta que não quer calar é: será que essa cultura é REALMENTE boa para eles?
Bem, é só continuar comigo para saber tudo o que precisa sobre esse assunto.

Do começo: o que é o veganismo?

O veganismo é mais que uma dieta, mas sim um estilo de vida. Nele, os simpatizantes procuram excluir, na medida do possível, todas as formas de exploração e crueldade com animais. Ou seja: para além dos alimentos, também estou falando do material das roupas, dos cosméticos e produtos testados em animais e por aí vai.
Logo, existem muitas formas de adotar uma filosofia vegana. Porém, uma coisa que todas as “correntes” têm em comum é a dieta, que exclui todos os alimentos de origem animal como carne (incluindo peixes e mariscos), laticínios, ovos e até mesmo o mel.

Os perigos da dieta vegana para a saúde

Uma coisa que todo pai e mãe precisa entender é que a dieta vegana, por apresentar TANTAS restrições, precisa ser extremamente bem planejada.
Além disso, o acompanhamento nutricional constante é fundamental para que a família não corra o risco de ter alguma deficiência de vitaminas e outros compostos importantes para o organismo.

Então, aí vão alguns pontos com os quais você precisa se atentar quando o assunto é veganismo:

1. Seletividade

Como é bastante comum que as crianças e os jovens já sejam exigentes com suas refeições, é preciso ter em mente que restringir ainda mais suas escolhas pode ser extremamente difícil. Ainda mais porque eles vão precisar fazer substituições significativas para conseguirem suprir todas as necessidades de seus organismos para crescerem bem.

2. Suplementação

Algumas vitaminas e nutrientes essenciais para a nossa saúde são encontrados apenas (ou em maiores quantidades) em alimentos proibidos para a dieta vegana. É o caso da vitamina B12, por exemplo, assim como o ômega 3, o cálcio, a vitamina D, o zinco e até mesmo a proteína propriamente dita.
Logo, para suprir todas as necessidades do nosso organismo, é importante que as pessoas que sigam essa dieta entrem com suplementação, ou sejam extremamente criativas no momento de planejar as substituições.
Não digo que todo esse processo seja impossível. Porém, é preciso lembrar que os suplementos não são fontes naturais e, portanto, também devem ser escolhidos e ingeridos com muita atenção.
Isso sem falar que nosso corpo absorve maior quantidade de algumas vitaminas e minerais em momentos específicos do dia, e sem a interferência de outros fatores. São exemplos a cafeína, que atrapalha a absorção de ferro, ou a vitamina D, que só é “contabilizada” pelo corpo após um bom banho de sol.

3. Alto risco de deficiência em vitaminas e minerais

Aproveitando o gancho do último tópico, precisamos conversar sobre as deficiências nutritivas mais comuns em dietas veganas. São elas:

Os alimentos vegetais contêm proteínas, da mesma forma que os produtos de origem animal. Porém, alguns pontos importantes devem ser destacados:

  • a concentração de proteínas nos vegetais é menor e a sua digestão mais difícil. Sendo assim, é necessário ingerir uma maior quantidade deles para obter a mesma quantidade de aminoácidos presentes na carne de boi, por exemplo.
  • Após o cozimento, a concentração de proteínas nos vegetais diminui, enquanto o teor de proteína da carne, ao contrário, não é modificado. Por exemplo, a soja possui uma concentração proteica de 40% quando crua e apenas 9% quando cozida.
  • Os produtos de origem animal possuem todos os aminoácidos essenciais. Alguns vegetais, como a soja e a quinoa, também são completos, porém contém menor quantidade de proteínas.
  • Como a maioria dos alimentos vegetais é deficiente em um ou mais aminoácidos essenciais, eles devem ser combinados para que não ocorram deficiências. Por exemplo, o arroz é rico nos aminoácidos metionina e cisteína, porém pobre em lisina. O feijão, por sua vez, é rico em lisina e pobre em metionina e cisteína. Isso faz dele uma combinação perfeita, pois fornecem todos os aminoácidos essenciais.

É importante entender que a deficiência de qualquer um desses itens pode interferir no crescimento e desenvolvimento da criança em todas as esferas possíveis (físicas, emocionais, sociais etc).

Enfim...

A verdade, como muitos de vocês puderam ver, é que o veganismo na infância é possível, porém, MUITO difícil de ser BEM executado. É por isso que ele deve ser introduzido com muito cuidado, planejamento e acompanhamento médico.
No mais, um conselho que posso dar é: caso você seja vegano, o melhor caminho talvez seja manter uma dieta sem restrição de grupos alimentares para seus filhos até que eles tenham idade e maturidade suficientes para tomarem suas próprias decisões.
Assim, pode ter certeza de que eles respeitarão todas as necessidades do veganismo e viverão com mais saúde e disposição ainda.

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Como aumentar a imunidade do seu filho do jeito certo?

Muito se discute sobre a saúde da criançada na internet. Basta um clique para que venham mil receitas, dicas de pais experientes, listas de doenças mais comuns na infância e por aí vai. Mas… quando o assunto é proteção, a pergunta que mais aparece no universo online é: “como aumentar a imunidade do meu filho?”

Bem, eu poderia te passar uma lista de alimentos que fortalecem a imunidade, dar dicas de como lidar com a criança para que ela não fique doente com frequência e até mesmo listar alguns “remedinhos” que facilitariam esse processo. Porém, vá por mim: nada disso ajuda.

O importante, quando tratamos da imunidade infantil, é ENTENDER como ela funciona para, DEPOIS, saber o quê a fortifica. É saber o básico do funcionamento do organismo do seu filho para compreender o que ele vai precisar em algumas idades-chave de seu crescimento.

Pensando nisso, preparei um artigo com TUDO que você precisa entender para aumentar a imunidade da criança do jeito CERTO, e não simplesmente seguindo ordens e dicas às cegas. Vamos lá?

A imunidade infantil começa quando?

Acredite se quiser: na gestação!

Ok, ok. Existe um senso comum que reverbera entre os pais e os profissionais da saúde que é o seguinte: “Geralmente, nosso sistema imunológico só começa a trabalhar com todo o seu potencial por volta dos 5 anos. Então, até essa idade, é claro que o pequeno enfrentará alguns problemas relacionados à imunidade”.

Porém, o pulo do gato é entender que isso não quer dizer que a criança nasça 100% livre de bactérias boas em sua microbiota intestinal. Esta, por sua vez, é fundamental para a nossa saúde e resistência a agentes nocivos durante toda a vida. Mas calma, não se preocupe com isso por enquanto. Já já vamos explicar tudo que você precisa saber sobre a microbiota.

Por enquanto, vamos conversar um pouco sobre os fatos. Vários estudos comprovam que o mecônio (a primeira evacuação do recém-nascido) já apresenta em sua composição algumas bactérias referentes à microbiota intestinal. Ou seja: a mãe já passa um pouco das suas bactérias boas para o feto durante a gestação.

Sendo assim, não é de se espantar que as gravidinhas e gravidonas de plantão entendam que a dieta balanceada, diversificada e rica em vitaminas e nutrientes é essencial desde o primeiro trimestre. Quanto mais fortalecida for a sua microbiota, mais resistente o bebê virá ao mundo.

E no caso dos bebês prematuros?

O pequenino que nasce prematuro, infelizmente, é mais suscetível a infecções. Isso acontece porque o seu sistema imunológico, assim como o organismo de forma geral, ainda é imaturo e, portanto, menos resistente.

Por isso, mães, tenham um cuidado redobrado com o seu ‘baby’ se ele chegar antes da hora. Procurem sempre higienizar as mãos antes de pegar no pequeno, e certifique-se de que as outras pessoas também o façam.

Aliás, falando em “pessoas”, um passo importante para poupar seu filho de infecções indesejadas é limitar o número de visitas a ele nos primeiros meses, e deixá-lo MUITO longe de parentes e amigos que estejam resfriados ou doentes.

Porém, sem neuras. Nem tudo está perdido! Seu filho prematuro, assim como os outros recém-nascidos, terá tempo e oportunidades infinitas para fortalecer a sua imunidade. E, sim, estou me referindo à amamentação.

A importância do leite materno

Assim que o bebê nasce, sua principal fonte de TUDO, inclusive imunidade, é o leite materno. Essa belezinha fornece praticamente todas as proteínas, açúcares e gorduras que o pequeno precisa para ser saudável, e também possui substâncias que beneficiam o seu sistema imunológico, incluindo anticorpos, enzimas e glóbulos brancos.

Nós não podemos deixar de mencionar, inclusive, o colostro, que é aquele “primeiro leite” que o recém-nascido mama. Ele, por ser rico em vitaminas, minerais, gorduras, carboidratos, anticorpos, hormônios de crescimento e enzimas digestivas, promove o bom desenvolvimento e o combate às doenças em bebês.

Então, mulheres, não abram mão (na medida do possível, claro) da amamentação, e se alimentem direitinho para que o leite chegue aos seus filhos super saudável e encorpado!

Como fortalecer a microbiota intestinal corretamente?

Para não prolongar demais nosso bate-papo (afinal, sei como nós, mães, temos milhares e milhares de coisas para fazermos no dia), vou facilitar a vida de vocês e colocar aqui alguns links com TUDO sobre a microbiota intestinal e o seu impacto em bebês e crianças.

Então, quando houver mais tempo, não deixe de acessar nossos seguintes artigos:

Como aumentar a imunidade da criança por meio da alimentação?

Uma das principais dúvidas que recebo sobre a fase de introdução alimentar é: “Como eu me certifico de que meu filho está recebendo todas as vitaminas e nutrientes necessários para crescer bem?”.

Pois bem: o primeiro passo é entender que não existe alimento bom, ou ruim.

A bandeira que levanto é a da alimentação equilibrada. Em outras palavras, defendo que os pais compreendam que, para cada idade, a criança realmente necessita de determinados grupos alimentares em uma certa proporção, mas uma coisa é fato: no geral, ela SEMPRE vai precisar de TODOS eles.

E qual é a melhor forma de fazer isso? Dando a ela comida de verdade. Aquela comprada nos açougues e hortifrútis, e preparada em casa. TUDO aquilo que chega até você em forma de embalagens bonitas e mil promessas de sabor, saúde etc precisa ser CORTADO.

Os alimentos ultraprocessados, apesar de deliciosos e super práticos, alteram a microbiota intestinal da criança e, consequentemente, diminuem a imunidade dela. Nós temos aqui na Mon Petit, inclusive, um texto que pode te ajudar muito a entender melhor isso que estou falando. Para acessá-lo é só clicar no link abaixo:

Volta às aulas, merenda escolar e lancheira saudável: como conciliar tudo isso?

Alimentos para aumentar a imunidade: quais são os principais?

São micronutrientes e vitaminas que funcionam em todo o organismo para aumentar a imunidade:

Algumas dicas importantes e gerais sobre a alimentação:

O que mais influencia na imunidade infantil?

A saúde bucal

Nossa boca é a porta de entrada para todo tipo de germes e bactérias desse mundo. Então, manter a flora desta SAUDÁVEL é essencial para proteger a criança de doenças e viroses. Para isso, basta escovar bem os dentes após as refeições, usar fio dental ao menos uma vez no dia e não faltar às consultas odontológicas.

Detalhe: é importante que a gestante já comece seus acompanhamentos com o odontopediatra desde cedo. Isso faz toda a diferença.

A saúde nasal

Nossas vias nasais são expostas a uma variedade gigantesca de coisas que variam desde vírus, germes, bactérias e corpos estranhos, até poluição, agentes alérgenos e por aí vai. Por isso, a lavagem nasal com soro fisiológico é essencial para poupar o pequeno de possíveis doenças e infecções. O ideal é repetir esse processo três vezes ao dia, que pode ser feito com a ajuda de uma seringa simples.

A saúde emocional

Isso vale não só para as crianças, mas para qualquer ser humano. Ficar exposto a muitas situações de estresse, angústia e ansiedade diminui demais a imunidade do corpo. Por isso, fique sempre de olho da saúde mental da família e certifique-se de cuidar dela bem de pertinho.

A quantidade de sono

É durante o descanso da noite que nosso corpo repõe todas as energias e se prepara para o dia seguinte. Por isso, quando afetado, ele só não influencia na disposição e humor da criança como, também, em sua imunidade. Para saber mais sobre a importância do sono, clique em Os pilares da saúde: a importância do sono e em A importância do sono para o crescimento.

A prática de exercícios físicos

Separar pelo menos meia hora do dia para se exercitar é fundamental para fortalecer a imunidade. Isso acontece porque esse processo libera hormônios importantes para o nosso humor e desenvolvimento, para a administração da ansiedade e estresse e para a regulação do organismo como um todo.

A vacinação

Não existe NENHUM estudo sério que comprove que as vacinas possam fazer qualquer tipo de mal ao seu filho, muito pelo contrário. Ela é a principal forma de proteção e prevenção contra doenças perigosas como tuberculose, hepatite, tétano, difteria etc. Temos até um texto interessante que fala sobre esse assunto. Para acessá-lo, basta clicar em Desmistificando os mitos sobre a vacina e conferir.

Alguns medicamentos

Você vai PARAR tudo o que está fazendo nesse exato momento, pegar um bloquinho de anotações e escrever nele de todo tamanho a seguinte frase: “NÃO DEVO MEDICAR O MEU FILHO SEM CONSULTAR O PEDIATRA”.

Agora, coloca isso em uma moldura e entenda que essa dica vale para TUDO: analgésicos, antibióticos, antiácidos, antigases, fitoterápicos etc. Qualquer coisinha fora do comum, ou alguma interação entre os medicamentos pode afetar a microbiota intestinal do bebê e, consequentemente, a sua imunidade.

A escolinha

Até um ano de idade, os pediatras pedem para que os pais não coloquem as crianças na escolinha. Isso acontece porque entre os 6 meses e um ano do pequeno, o seu sistema imunológico já não depende tanto da mãe e começa a se construir por conta própria. Então, é natural que ela fique mais exposta à ação de germes e bactérias que são muito comuns em ambientes escolares.

Porém, é claro que existem situações em que os pais trabalham muito e, portanto, precisam recorrer às creches. Por isso, é importante encontrar um lugar que realmente cuide do pequeno, com profissionais capacitados e estrutura apropriada para imprevistos.

Agora, uma polêmica: é preciso limpar muito a casa para evitar que o pequeno adoeça?

Entenda uma coisa: quanto mais limpo o ambiente for, e mais “protegida” a criança estiver com relação às sujeiras do dia a dia (hiper higienização), o sistema imunológico dela ficará defasado. Isso acontece porque ele, com o tempo, não vai conseguir identificar o que é inofensivo para o pequeno, e vice-versa.

Quando a criança vive “numa bolha”, isso contribui para que ela, mais tarde, desenvolva problemas como alergias e até mesmo doenças autoimunes.

Aliás, uma dica importantíssima: a limpeza do quarto da criança deve ser feita APENAS com água e pano. Os produtos de limpeza do mercado, por mais comuns que sejam, estão repletos de fatores alérgenos e tóxicos para o organismo como essências, agentes de higienização e por aí vai.

Dica 2: não precisa colocar a criança para lavar as mãos com sabonetes anti-sépticos, viu? Pode ter certeza de que a água e o sabão NEUTRO fazem um excelente trabalho para manter seu filho livre de germes e bactérias.

E, por fim: quando iniciar a medicação pra imunidade?

Até hoje, não existem medicações ou tratamentos que EFETIVAMENTE melhorem a imunidade da pessoa. O que a potencializa COM CERTEZA, por enquanto, é a combinação de cuidados ambientais, alimentares e de comportamento.

 

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Transtornos alimentares na infância: o que você precisa saber?

Não é novidade para ninguém que, muitas vezes, os transtornos alimentares se iniciam da puberdade para frente. Contudo, poucas pessoas sabem que estes problemas podem começar ainda na infância e que isso, nos últimos anos, têm se tornado cada vez mais comum.
Por isso, é de extrema importantância que os pais, ou qualquer pessoa que trabalhe com crianças pequenas, saibam quais são estes distúrbios, seus primeiros sinais e sintomas e, claro, como lidar com eles da forma correta. Afinal, a má nutrição podem causar danos significativos ao corpo/organismo de uma criança.
A boa notícia é: estamos aqui para isso! Hoje, nosso objetivo é bater um papo com você, leitor(ra), sobre os principais transtornos alimentares na infância. E aí, pronto(a) para saber tudo o que precisa sobre esse assunto? É só continuar conosco!

Transtornos alimentares na infância: visão geral

Os distúrbios alimentares em crianças causam sérias mudanças nos hábitos alimentares destas. Isso pode levar a problemas de saúde graves, e até mesmo fatais.
Atualmente, existem três tipos principais de transtornos alimentares na infância. É claro que vamos falar mais sobre eles ao longo do texto mas, por enquanto, descubra já quais são eles:

Além destes, existem mais 3 tipos que, apesar de raros, também ocorrem entre os pequenos e por isso, também receberão nossa atenção:

Os perigos dos distúrbios alimentares

Os distúrbios alimentares em crianças e adolescentes podem levar a uma série de graves problemas. Afinal, a desnutrição não afeta somente o corpo, mas sim a mente, podendo causar atrasos no desenvolvimento cognitivo e de aprendizado da criança, por exemplo.
Além disso, os transtornos alimentares na infância não são superados por simples força de vontade. Logo, o pequeno precisará de tratamento, atenção e cuidados sérios para se recuperar.
Por fim, lembre-se: os melhores resultados ocorrem quando os distúrbios alimentares são tratados nos estágios iniciais.

O que causa os transtornos alimentares na infância?

Os médicos não sabem ao certo A REAL causa dos distúrbios alimentares. Contudo, há uma suspeita de que ela seja, na verdade, uma combinação de fatores biológicos, comportamentais e sociais.
Por exemplo: os jovens podem ser influenciados pelas mídias, que favorecem os padrões de beleza de que corpos muito abaixo do peso são os mais belos e saudáveis, ou ainda têm pais que nutrem essa cultura de um jeito não saudável e por aí vai. Além disso, muitas crianças e adolescentes com distúrbios alimentares enfrentam um ou mais dos seguintes problemas:

Para lidarem com esses problemas, crianças e adolescentes podem adotar hábitos alimentares prejudiciais. De fato, os distúrbios alimentares geralmente andam de mãos dadas com outros problemas psiquiátricos, como os seguintes:

Como saber se a criança está com algum transtorno alimentar?

A detecção e prevenção precoces são essenciais para o tratamento dos transtornos alimentares na infância.
Os sinais, geralmente, são sutis. Afinal, apesar das causas que citamos acima, a criança não precisa, necessariamente, concentrar-se na imagem corporal, ou no peso em si, para ter um distúrbio alimentar. Porém, eles costumam incluir:

Além disso, os sintomas de um distúrbio alimentar mais desenvolvido costumam ser:

Agora sim: quais são os tipos mais comuns de transtornos alimentares na infância? (h2)

1. Anorexia nervosa

Crianças com anorexia acham que estão acima do peso quando, na verdade, parecem estar muito abaixo para outras pessoas.
Os pequenos podem ficar obcecados com a ingestão de alimentos e, claro, com o controle do peso. Por isso, costumam, ainda, exercitarem-se intensamente ou em excesso, e vomitar logo após cada refeição.
A anorexia pode causar danos significativos à saúde física e ao crescimento. Por isso, é importante procurar tratamento o mais rápido possível para a criança.

2. Bulimia nervosa

Na maioria das vezes, é caracterizada por um ciclo crônico de compulsão alimentar (excesso) e purga (usando vários métodos para eliminar o excesso de calorias do corpo, como vômito, laxante etc).
A criança que vive com bulimia nervosa passa muito tempo comendo quantidades excessivas de alimentos e, depois, tenta se livrar das calorias ingeridas de qualquer jeito. Ela pode, ainda, comer escondido e MUITO, a ponto de estender demais o estômago até sentir dor, e depois tentar eliminar toda a refeição.

3. Transtorno da compulsão alimentar periódica?

O transtorno da compulsão alimentar periódica (ou TCAP) é caracterizado por ingestão regular e compulsiva de grandes quantidades de alimentos, geralmente de forma rápida, e ao ponto de gerar desconforto ou dor de estômago.
Um fator que distingue o TCAP dos excessos normais e ocasionais é a sensação de que o pequeno não tem controle sobre seus hábitos alimentares. Ele pode comer demais, muito rapidamente, e permanecer comendo mesmo quando está satisfeito, ou até mesmo preferir comer sozinho por vergonha, ou culpa, da quantidade que ingere em cada refeição.

4. Síndrome de PICA (alotriofagia)

A pica é um tipo de condição em que uma criança costuma comer substâncias não alimentares ou não nutricionais de forma persistente. E sim: estamos falando de giz de cêra, batom, borracha, terra, sabão, sujeira etc).
Para ser diagnosticado com pica, o comportamento deve ficar fora do nível de desenvolvimento esperado da criança (ou seja, uma criança que somente mastiga os objetos, ou os coloca na boca, não se qualifica).

5. O distúrbio da ruminação

É um distúrbio alimentar em que uma pessoa, geralmente um bebê ou criança pequena, recupera (regurgita) e mastiga novamente alimentos parcialmente digeridos. Na maioria dos casos, os alimentos re-mastigados são novamente engolidos. Porém, ocasionalmente, o pequeno o cuspirá de novo.
Para ser considerado como um dos transtornos alimentares na infância, esse comportamento deve ocorrer em crianças que já comiam normalmente, e deve acontecer regularmente por, pelo menos, um mês.

6. Transtorno alimentar restritivo/evitativo

Crianças com esse distúrbio costumam sentir falta de interesse por alimentos, ou até mesmo aversão sensorial a alguns deles. Elas também podem ter medo de passarem mal por causa de alguma coisa que comeram.
Por fim, essas aversões e restrições podem levar à perda de peso e deficiência nutricional.

Tratamentos

Existem muitos componentes no tratamento de distúrbios alimentares entre crianças pequenas. A recuperação do peso é um componente essencial para que a saúde física e nutricional do pequeno seja restaurada.
Como os pais e responsáveis ​​desempenham um papel tão significativo na vida da criança, a intervenção e o tratamento com base na família são altamente recomendados.
Além disso, é importante entrar em contato com o pediatra, nutricionista ou outros profissionais de saúde mental do seu filho para ajudá-lo a sentir-se apoiado e obter os melhores cuidados para seu filho.

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