- 15 de fevereiro de 2019
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A displasia de quadril, ou displasia coxofemoral, é uma alteração do desenvolvimento na área de articulação do quadril. Ela acomete cães, principalmente aqueles de raças grandes. Ela ocorre quando a cabeça do fêmur não se encaixa perfeitamente no acetábulo (a superfície articular), provocando instabilidade na região do quadril do animal e causando desequilíbrio, dor e desgaste da cartilagem. A má articulação induz à inflamação e desgaste que pode levar à artrose. Causas A displasia de quadril é hereditária, mas não congênita, só se desenvolvendo durante o crescimento do cão. Os fatores que podem causar o agravamento da condição são: crescimento rápido; ambiente impróprio, como por exemplo, casa com piso muito liso; alimentação inadequada e excessiva - com alto teor calórico, o que pode provocar a aceleração do crescimento; obesidade; exercícios inapropriados e de alto impacto - saltos, escadas; predisposição racial. Sintomas Dorso curvado; caminhar mancando de uma ou das duas patas de trás ou andar bamboleante; dificuldade em se sentar e agachar; dor; recusa em fazer atividades físicas; atrofia da musculatura; “salto de coelho”, com as patas posteriores. Diagnóstico A displasia de quadril no cão é detectada através do exame ortopédico, histórico e radiografia. Pode ser necessária sedação para realização...
Leia mais- 4 de fevereiro de 2019
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Os cães envelhecem muito mais rápido que os seres humanos. Até os cinco anos de vida, cães de raças e tamanhos variados se desenvolvem de forma semelhante e esta idade equivale a aproximadamente 36 anos humanos. Depois disso, cães maiores tendem a envelhecer mais rapidamente e têm uma expectativa de vida menor. Seus primeiros sinais de envelhecimento podem surgir de repente e surpreender a família. Por isso, é importante entender as mudanças e possíveis limitações que o pet pode ter ao entrar na “terceira idade”. Dessa forma, o tutor pode fazer as adaptações necessárias na rotina e ambiente do cão idoso para proporcionar a ele mais conforto e qualidade de vida. Mudanças que ocorrem com o envelhecimento em cães Perda de massa muscular e fraqueza: os cães podem precisar de mais proteínas em sua dieta para manter a massa muscular ideal quando estão envelhecendo. Não existem evidências científicas de que cães idosos precisam de dietas com menos proteína, a não ser que apresentem algum problema renal. Obesidade: como ficam mais sedentários, pets já velhinhos tendem a ganhar peso. Constipação: o sedentarismo e a perda de tônus na parede intestinal podem levar à constipação. Dieta úmida, fibras adicionais, probióticos e exercícios...
Leia mais- 25 de janeiro de 2019
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Ouvir o termo UTI Veterinária já é suficiente para assustar qualquer um. Mas ao contrário do que muita gente pensa, a Unidade de Terapia Intensiva não é indicada apenas para aqueles animais sem esperança de serem curados. Como o próprio nome diz, o setor recebe os pacientes que necessitam de acompanhamento intensivo, ou seja, permanente e atencioso. É essa a principal diferença entre a internação semi-intensiva e a UTI. Enquanto na primeira o paciente é examinado pelo veterinário de hora em hora, na UTI o animal recebe assistência o tempo todo, 24 horas por dia. Nela, é possível monitorar temperatura, respiração, batimentos cardíacos e dar suporte nutricional, químico e proteico ao animal. São atendidos pacientes em complexo quadro clínico, em tratamento minucioso, que demandam rigoroso empenho e precisão para sua recuperação. O tratamento intensivo possibilita, acima de tudo, redução de danos à saúde do pet. Origem A UTI é uma evolução da sala de recuperação pós-anestésica, empregada nos Estados Unidos nos anos 20, para pacientes submetidos à neurocirurgia, no Hospital Johns Hopkins. A primeira UTI foi inaugurada em 1926 pelo Dr. Walter Dandy, em Boston, também nos EUA. Já nos anos 50, o médico austríaco Peter Safar, considerado o primeiro...
Leia mais- 24 de janeiro de 2019
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Passar por uma cirurgia ou intervenção médica é uma situação que gera ansiedade para a maioria das pessoas. Quando é o nosso cão ou gato que se encontra nessa situação, a ansiedade torna-se maior ainda. Afinal, é difícil ver o nosso melhor amigo em condições delicadas e saber que ele irá passar por procedimentos complexos, que exigem a anestesia em animais, assunto que ainda é cercado por mitos. Felizmente, a anestesiologia veterinária evoluiu muito nos últimos anos. Graças à isso, muitos animais podem passar por cirurgias que dificilmente seriam realizadas no passado e com mais segurança, uma vez que é possível contar cada vez mais com profissionais qualificados e especializados. No entanto, o processo não é simples. A escolha do tipo de anestesia deve ser feita de forma personalizada e envolve vários fatores, a exemplo do temperamento do animal. Se ele for agressivo, pode colocar em risco a segurança da equipe da clínica veterinária, além de limitar a avaliação pré-anestésica e dificultar a realização dos exames pré operatórios. Para evitar esses, outros problemas e efeitos adversos como o choque anafilático, redução da pressão arterial, arritmia, hipotermia, parada cardíaca etc, cada animal deve ser avaliado individualmente antes da escolha da anestesia,...
Leia mais- 8 de janeiro de 2019
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Nesta semana, conversamos com o especialista Dr. Kleber Felizola, veterinário especialista em nutrologia, sobre um assunto muito importante para a saúde dos pets: a alimentação natural crua com ossos. Ele trabalha com alimentação natural crua com ossos há cinco anos e conta que as mudanças percebidas nos cães que recebem uma dieta biologicamente apropriada são enormes. Afinal, em que consiste uma alimentação natural crua com ossos? O Dr. Kleber explica que lobos e gatos selvagens, há milhares de anos e durante suas evoluções e adaptações, alimentam-se prioritariamente de suas caças, devorando-as cruas e em sua totalidade. Ou seja: sempre foi da natureza deles comer pele, gorduras, carnes, vísceras e ossos. Portanto, pode-se afirmar que a dieta que os organismos dos nossos cães e gatos reconhece como comida de verdade é aquela que seus ancestrais comeram desde sempre. Então, por que devemos mudá-la? Praticidade? Interesse econômico? São as duas únicas respostas aceitáveis que nosso especialista levanta para justificar a utilização de uma dieta industrializada, altamente processada e com matérias-primas de qualidade questionável. Porém, é preciso entender que, do ponto de vista da saúde do pet, uma ração artificial traz mais problemas à vida do dono (e do pet, claro), do que...
Leia mais- 21 de dezembro de 2018
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A palavra endoscopia tem origem grega: é formada pelo prefixo endo (dentro) e pelo verbo skopia (ver ou observar). É um dos procedimentos mais executados e importantes da medicina veterinária. O que é? A endoscopia é um exame simples que utiliza a abertura natural de um órgão para visualizar as condições em seu interior. Pouco invasivo e não traumático, é complementar ao exame clínico e tem rápida recuperação. A técnica permite inspeção visual das superfícies mucosas e arquitetura dos órgãos, possibilitando identificar alterações e fazer diagnósticos de: neoplasias; doenças infecciosas; doenças inflamatórias. Ela pode detectar, ainda, a presença de corpos estranhos, considerada uma emergência médica. Endoscópio O endoscópio é um aparelho tubular longo e flexível. Tem uma fonte de luz somada a uma micro câmera que filma a parte interna do órgão. A imagem é reproduzida em um monitor próximo ao médico veterinário na sala. O equipamento deve estar acoplado a um aspirador, insuflador, irrigador e ter à disposição pinças de apreensão e de biópsia de diversas características e tamanhos. Tipos de endoscopia Esse exame pode ser importante para examinar diferentes sistemas do organismo: Sistema digestivo gastrointestinal: endoscopia digestiva alta - alcança o esôfago, estômago e duodeno; endoscopia digestiva baixa...
Leia mais- 17 de dezembro de 2018
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A microbiota intestinal é um conjunto de microrganismos (bactérias, fungos e vírus) que habitam o intestino dos seres humanos e dos animais. Ela é numerosa, diversificada e sua composição varia de acordo com o hospedeiro, influenciando diretamente a sua saúde. O ecossistema altamente complexo do intestino participa de muitas funções do organismo. Seu desequilíbrio está relacionado ao aparecimento de doenças como alergias, diabetes, obesidade, condições autoimunes, doenças cardiovasculares, demência e câncer. A microbiota participa do processo de digestão e absorção de nutrientes da dieta e da produção de energia para células da mucosa intestinal. Também tem papel regulador da motilidade intestinal, participa da estimulação e modulação do sistema imunológico e interfere em funções hormonais e neurológicas. A microbiota intestinal e o sistema imunológico O intestino é revestido internamente por uma camada mucosa que serve de barreira entre o que está dentro dele e as células de sua parede. Neste local, tudo que ingerimos é analisado e catalogado antes de conseguir entrar ou não no organismo através da parede do intestino. Em uma situação de desequilíbrio da microbiota, esta camada é rompida e os microorganismos e toxinas entram em contato com as células intestinais. Elas reagem estimulando o sistema imunológico a...
Leia mais- 5 de novembro de 2018
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Atualmente, o tema “nutrição de cães e gatos” está em evidência. Pode-se observar, também, que ele está quase sempre associado à naturalização da alimentação dos pets. O conceito de alimentar não é o mesmo que nutrir, embora muitas pessoas acreditem que o uso balanceado de alimentos selecionados e livres de agrotóxicos são suficientes para promover a nutrição adequada dos nossos pets. Alimentar é o ato de fornecer aos cães e gatos alimentos com a finalidade de saciar a fome. A nutrição, por sua vez, é uma ciência que estuda o balanceamento de cada um dos 50 nutrientes essenciais ao corpo, de acordo com a sua funcionalidade no metabolismo do animal. Muitos estudos desenvolvidos em torno da nutrição dos pets comprovam a necessidade que temos com relação à suplementação alimentar. Isso significa que não basta cuidar somente dos ingredientes da alimentação. Também é necessário suprir todas as necessidades de vitaminas, sais minerais e muitos outros elementos que ajudam os animais a terem uma vida cheia de saúde. O papel da nutrição, então, é fornecer os nutrientes necessários para o bom funcionamento do metabolismo e, por meio desses nutrientes, também auxiliar na longevidade, prevenção e tratamento de doenças. Suplementar é imprescindível para...
Leia mais- 24 de junho de 2018
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Medicamentos usados de forma equivocada são extremamente perigosos para os animais. Sejam remédios prescritos para eles ou para humanos, a ingestão em dose e frequência não indicadas podem trazer sérios problemas e até levar à morte em pouco tempo. É extremamente recomendado que seja evitada a administração de medicações humanas a animais. Os medicamentos prescritos por veterinários devem ser aplicados com a posologia correta. É ideal que o tutor conheça a saúde dos seus pets, suas intolerâncias e resistências - informações obtidas com exames específicos e consultas periódicas ao veterinário, o que evita a ingestão de medicamentos tóxicos. Medicamentos tóxicos e duas consequências Classes Medicamentos Sinais e sintomas Antiinflamatórios não-esteroidais Aspirina, Doril, Melhoral, Paracetamol, Tylenol, Ibuprofeno e Cetoprofeno, Carprofeno Apatia, queda no apetite, vômito e fezes com sangue, palidez das mucosas, desidratação, dor abdominal intensa. Expectorantes, descongestionantes, anti-histamínicos, antitussígenos, broncodilatadores Dramim, Bromexina e Prometazina Excesso de saliva, lágrimas e secreção nasal, vômito, hipo ou hipertensão, bradi ou taquicardia, fraqueza, agitação, rigidez muscular, hiperglicemia, depressão, desorientação, alucinações, dilatação da pupila, falta de coordenação, convulsões, constipação, diarreia, coma. Medicamentos cardiovasculares Vasodilatadores, antiarrítmicos, bloqueadores dos canais de sódio e de cálcio Vômitos, taquicardia, hipertensão, arritmia, fezes com sangue, insuficiência renal, diarréia, depressão, hipoglicemia....
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