
Prática esportiva na infância: qual a melhor escolha?
- 31 de agosto de 2018
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Que a ginástica é necessária para a manutenção da saúde e um crescimento saudável, ninguém duvida. Porém, na hora de escolher qual é o melhor exercício físico para crianças e adolescentes, aí nem sempre é fácil!
A prática do esporte, com seus desdobramentos corporais coordenativos e sociais, é importante por fazer parte da linguagem infantil. Ocorre que as crianças se identificam com o exercício físico, principalmente pelo seu caráter lúdico. Isso gera uma experiência prazerosa e significativa que será arquivada e disponibilizada para subsidiar outras aquisições de conhecimento, inclusive os escolares.
Além disso, o esporte oferece meios eficazes para desenvolver os aspectos coordenativos e o esquema corporal da criança como um todo. Permite, também, o amadurecimento das suas funções emocionais e relacionais.
Quando começar o exercício físico na infância?
Pensando na importância do esporte na infância, muitos pais passam pelo questionamento de qual a melhor idade e até mesmo qual é a atividade física mais indicada para a criança
Na verdade, não existe uma idade adequada, mas sim o quê, e como fazer. O esporte deve, também, respeitar esta complexidade crescente da criança e garantir, principalmente entre os quatro e doze anos, um foco voltado para a ampliação do vocabulário motor da criança, seu autoconhecimento corporal, suas possibilidades de exploração do movimento e transferência para o meio e os objetos.
É importante, então:
- variar;
- ampliar;
- diferenciar;
- explorar o máximo da criança o possível.
Dentro desta visão do processo, não cabe o pensamento do treinamento precoce. Não podemos tratar as crianças como adultos em miniatura. Na verdade, a criança, paralelamente ao seu desenvolvimento corporal, está amadurecendo o seu emocional, expandindo sua relação com o mundo.
Lidar com o excesso de cobrança, nesse momento, pode significar o fracasso, a frustração e, o pior, o abandono das práticas esportivas.
O que não é indicado?
Cada etapa vivida pela criança condiz com algum tipo de atividade. Por isso, não existem exatamente restrições, mas sim práticas que estejam adequada às necessidades de cada idade. É importante, então, que o professor tenha um olhar afinado para o desenvolvimento infantil. Assim, ele não excede em cobranças coordenativas, emocionais e sociais indevidas, gerando fracasso, decepções, medos, inibições e frustrações nas crianças.
Qual o papel da família no exercício físico da criança?
A família tem um papel fundamental no desfecho favorável deste processo.
Sua atuação contribui para que seja algo positivo, agregado à vida, ou uma experiência traumática. A família não deve escolher, mas orientar. As crianças não devem ser submetidas a uma especialização precoce, que impediria a vivência de experiências diversificadas, que criam diferenciais importantes diante das demais atividades.
Outro ponto importante é que os pais não transferiram seus sonhos em relação ao esporte. Eles criam expectativas de auto realização esportiva no filho que, muitas vezes, não pode ou não quer correspondê-las. Afinal, a criança é um ser individual, com suas emoções e desejos em desenvolvimento.
Quais são os benefícios do esporte/exercício físico?
Os benefícios do esporte na infância são enormes e contribuem na formação do cidadão na fase adulta. Para que sejam de fato desenvolvidas as habilidades que eles oferecem, é necessário que eles sejam incorporados na vida do jovem de forma natural e lúdica.
Dentre os benefícios, podemos listar:
- enrijecimento da musculatura;
- favorecimento do desenvolvimento psicomotor;
- desenvolvimento da autoconfiança;
- melhora da autoestima;
- aperfeiçoamento do autocontrole;
- desenvolvimento do eixo de movimento;
- aumento da noção de responsabilidade;
- construção da disciplina;
- resiliência;
- aprendizado de como lidar com a frustração;
- aprimoramento da criatividade;
- superação da timidez;
- facilidade em cumprir regras;
- promoção da integração social;
- criação de hábitos saudáveis.
Lembrete importante: a atividade deve ser associada a um momento de prazer, sendo sempre relacionado a algo de interesse da criança e na presença de um profissional capacitado para o trabalho.
Atenção: nada de excessos!
Pesquisadores da Academia Americana de Pediatria publicaram um estudo que aponta que dentre 744 crianças na faixa etária de 4 a 12 anos, observadas no estudo, uma parte considerável sofreu algum dano físico causado por causa do esporte que praticavam.
Isso não é motivo para retirar seu filho de todos os exercícios físicos que ele pratica e mantê-lo afastado por tempo indeterminado. Trata-se de um sinal, um convite para dedicar uma atenção especial ao perceber alguns sinais na criança.
Conheça os cinco sinais de alerta:
- demonstração de cansaço excessivo;
- alto nível de irritabilidade;
- dores musculares frequentes;
- baixa no desempenho escolar;
- resistência e desculpas para não ir à aula do esporte escolhido.
Observar tais sinais e sintomas pode ser crucial para evitar o esgotamento físico e mental da criança ou adolescente.
Mantenha sempre o diálogo e oriente para que, sempre com sua ajuda e de um profissional, a criança faça o que de fato gosta mais e lhe dá mais alegria. Somente desta forma, aliando sempre a uma alimentação adequada, iremos formar jovens e adultos saudáveis.
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