Ir ao dentista pode ser um motivo de ansiedade para a maioria de nós. Porém, para as pessoas com TEA, especialmente aquelas mais novas, uma simples limpeza rotineira costuma ser motivo de estresse.
Isso acontece, geralmente, porque as crianças com autismo têm bastante dificuldade para ficarem paradas e, a depender do tratamento, podem se sentir extremamente desconfortáveis com as ferramentas e produtos utilizados.
Para entender mais sobre a relação entre autismo e saúde bucal, e saber como tornar as consultas mais leves e eficazes, continue conosco!
Primeiramente: ser autista não significa, necessariamente, que a criança terá uma arcada diferente das demais, assim como quaisquer outros traços que seriam, a priori, característicos desse distúrbio. Não é o caso, por exemplo, de condições como a Síndrome de Down que, devido a uma série de alterações genéticas, fornece à pessoa alguns traços comuns como, por exemplo, olhos oblíquos e rosto arredondado.
Porém, um paciente com TEA tende, de fato, a desenvolver alguns problemas de saúde bucal por uma série de fatores (sejam eles hábitos orais incomuns, medicamentos, escolhas alimentares inadequadas etc).
Além disso, alguns tipos de comportamentos (bater cabeça, cutucar os lábios, mastigar objetos nocivos, e por aí vai) também tornam o processo de cuidar da saúde bucal ainda mais desafiador para os pais, o que pode, e muito, contribuir para uma série de problemas.
Não podemos esquecer, por fim, das questões sensoriais que circundam o autismo. A criança, muitas vezes, pode preferir alimentos macios ou, inclusive, gostar tanto da sensação destes que os guarda no fundo da boca por vários minutos. Isso sem falar nos incômodos que processos como escovar os dentes (a fricção da escova nas gengivas e na língua pode irritá-la) e passar fio dental podem trazer.
No mais, uma coisa é certa: problemas dentários podem ocorrer com qualquer pessoa. Porém, hoje, listaremos abaixo aqueles que são mais comuns em crianças com TEA. Vamos lá?
Também conhecida como hiperplasia gengival, essa condição é caracterizada pelo crescimento excessivo e anormal dos tecidos gengivais.
Suas causas são variadas, incluindo traumas (principalmente o uso inadequado de próteses), alguns medicamentos (imunossupressores, anti-hipertensivos, entre outros) e placa bacteriana (devido à falta de higiene bucal).
As gengivas afetadas, geralmente, ficam sensíveis, moles, vermelhas e sangram com facilidade. Tudo isso, infelizmente, torna o processo de higiene oral ainda mais difícil para as crianças com TEA.
A boa notícia é que, atualmente, existem alguns tipos diferentes de escovas de dente que podem ser melhores nessas situações. Procure pela orientação de um dentista para saber quais são os melhores tipos e marcas.
No geral, elas são mais macias e suaves, e com cerdas naturais. Além disso, a depender do caso, uma escova de dentes elétrica com vibrações suaves pode ter um efeito calmante na hora da escovação.
No fim das contas, cabe a você e ao pequeno decidirem qual opção funciona melhor para o caso!
A cárie é, talvez, o problema dentário mais recorrente em nossa sociedade. Ela pode acontecer com qualquer pessoa, de qualquer idade. Vale ressaltar, também, que ela é a causa mais comum para a dor de dente.
É provocada pelo excesso de sujeira nos dentes que, ao se unir às bactérias que vivem na boca, produzem ácidos que corroem as primeiras camadas da estrutura dentária, progredindo em direção aos tecidos mais profundos.
No caso dos pacientes com autismo, ela pode representar um problema ainda maior. Acontece que algumas crianças com TEA podem ter dificuldade em comunicar sua dor, o que acaba dificultando a descoberta não só da cárie, obviamente, mas de outros problemas de saúde bucal.
Dessa forma, a condição só é diagnosticada em seus estágios mais avançados, o que dificulta o tratamento. É por isso que as visitas de rotina ao dentista são tão importantes!
A melhor maneira de proceder, aqui, é procurar por um profissional capacitado, de confiança e, claro, que esteja acostumado a atender crianças com necessidades especiais. Assim, a extração será mais confortável tanto para o pequeno, quanto para você!
A periodontite (ou doença periodontal) é uma infecção que acomete as gengivas, danificando o tecido e, eventualmente, destruindo os ossos que sustentam os dentes. É provocada, principalmente, pelo acúmulo de tártaro, cáries, baixa produção de saliva e má oclusão dos dentes.
Apesar de alarmante, é uma condição bucal relativamente comum e que pode ser evitada apenas por meio dos cuidados básicos de higiene oral. Para crianças com TEA, o importante é encontrar uma rotina de cuidados com os dentes que seja confortável e rotineira.
A depender do caso, peça pela ajuda da equipe médica do pequeno como, por exemplo, um Terapeuta Ocupacional, para saber como tornar esse momento o menos problemático possível.
Além disso, não se esqueça de manter as consultas com o dentista em dia e, claro, tirar todas as suas dúvidas com ele.
Em alguns casos de TEA, a prática de ranger os dentes constantemente, especialmente por um longo período de tempo, é bastante comum. Porém, ela deve ser evitada ao máximo, principalmente porque aumenta os riscos para problemas dentários ainda maiores, como sensibilidade e desgaste, e outras condições associadas, como dor e travamento na mandíbula, enxaquecas, insônia etc.
A dica de ouro, aqui, é encontrar o que está causando este hábito (muitas vezes desencadeado por ansiedade, tensão, problemas de oclusão, entre outros). Depois, é importante manter a paciência e persistência, e tentar métodos diferentes para quebrar este hábito. Para ter mais ideias, conte com a ajuda de um terapeuta.
A maioria dos problemas dentários pode ser facilmente tratada ou evitada, independentemente das circunstâncias. No caso dos pacientes com TEA, esse desafio pode ser um pouco maior, porém, nada impossível.
O importante, aqui, é escolher um profissional qualificado e de confiança, e adaptar a rotina de saúde bucal às necessidades da criança. Além disso, lembre-se: informação é poder. Em caso de dúvidas, não hesite em procurar por ajuda profissional e, sempre que possível, pesquise bastante sobre como tornar esse momento de cuidado ainda mais especial e leve entre você e seu filho!
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